A importância do M&A para a economia – O caso português.

M&A, ou fusões e aquisições, é um termo que se refere à combinação de duas ou mais empresas, seja por meio de uma fusão, uma aquisição, uma incorporação ou uma joint venture. Esse tipo de operação pode ter diversos objetivos, como aumentar a participação de mercado, diversificar o portfólio de produtos ou serviços, reduzir custos, expandir geograficamente, aproveitar sinergias, entre outros.

Mas qual é a importância do M&A para a economia? Em primeiro lugar, o M&A pode contribuir para o aumento da produtividade e da competitividade das empresas envolvidas, o que pode gerar benefícios para os consumidores, os fornecedores, os funcionários e os acionistas. Além disso, o M&A pode estimular a inovação e o desenvolvimento tecnológico, pois as empresas podem combinar conhecimentos, recursos, capacidades e tecnologia. Por fim, o M&A pode favorecer a alocação eficiente de capital, pois as empresas podem combinar ativos produtivos e beneficiar de economias de escala.

No entanto, o M&A também pode apresentar alguns desafios e riscos para a economia. Por exemplo, o M&A pode resultar numa concentração excessiva de mercado, o que pode reduzir a concorrência e prejudicar os consumidores. Além disso, o M&A pode envolver custos elevados de transação e de integração, o que pode comprometer a rentabilidade e a sustentabilidade das empresas. Por fim, o M&A pode gerar conflitos culturais e organizacionais entre as empresas envolvidas, o que pode afetar o desempenho e a motivação dos funcionários.

Portanto, o M&A é um fenómeno relevante para a economia, que pode trazer vantagens e desvantagens para as empresas e para a sociedade. Para que o M&A seja bem-sucedido, é preciso que as empresas façam uma avaliação criteriosa das oportunidades e dos riscos envolvidos, bem como uma gestão eficaz do processo de integração.

O tecido empresarial português, na nossa opinião, necessita de consolidação de mercado em quase todos os setores, visando ganhar escala e competitividade a nível internacional. Investimento externo combinado com consolidação de mercado e as ideias dos empreendedores portugueses irão resultar numa fonte de geração de Propriedade Intelectual.

Neste último mês de outubro foi organizado um evento, pela Abreu Advogados, em parceria com o TTR – Transactional Track Record e o jornal ECO, sobre a atividade de M&A em Portugal com o objetivo de apresentar o relatório “Portugal M&A Report – An overview of the Portuguese M&A activity”.

Nesta apresentação foram apurados os quatro setores mais atrativos para os investidores estrangeiros: imobiliário e construção; energia e energias renováveis; tecnologias e telecomunicações; e setor financeiro e de seguros. Ao longo do ano de 2022, o setor de M&A registou um crescimento de 8.7%, sendo que o crescimento no valor das transações em termos médios foi de 11%. (Jornal ECO).

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